domingo, 8 de janeiro de 2017

  -UM NAZISTA ADMIRADO PELOS ALIADOS-

Rommel - A Raposa do Deserto

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Conta-se que o ainda general Erwin Johannes Eugen Rommel estava no deserto da Líbia em junho de 1942 comandando um esquadrão de tanques Panzer diante de um inimigo numericamente superior: a Inglaterra. Ele não se deixou abater. O inimigo estava longe e o observava à distância. O que ele fez??? Mandou que seus tanques andassem em círculos e subissem uma duna alta de areia, ininterruptamente. O movimento incessante dos tanques levantou uma coluna de poeira que subiu a dezenas de metros. Os ingleses, vendo uma fila indiana de tanques subindo a colina sem cessar, pensaram se tratar da maior divisão de tanques alemães na região e trataram de bater em retirada.

A ESPADA E A COROA DE LOUROS PARA O GENERAL ROMMEL. Na vitória contra adversários de qualidade superior. (Jornal Deutsch Allgemeine Zeitung de 22 de janeiro de 1942.


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Lendas à parte, a estória acima serve para ilustrar o prestígio deste comandante militar que era um dos favoritos de Hitler. O Führer via em Rommel um grande líder militar saído do "volks", o povo, assim como ele, Hitler, tinha saído do povo e se tornado um grande líder político. Infelizmente não era assim que o alto comando das forças armadas da Alemanha via o marechal condecorado como Cavaleiro da Cruz de Ferro pelo próprio Hitler. A maioria dos oficiais do alto comando era formada por uma elite aristocrática prussiana com tradição e descendência militares que o considerava membro da ralé, nas palavras do também marechal Gerd von Rundstedt. O fato é que o nazismo de Rommel pendia mais para um senso de admiração, gratidão e fidelidade à Hitler por sua ascensão militar do que propriamente um alinhamento aos ideais do Partido Nacional Socialista Alemão.  O Feldmarschall Erwin Rommel jamais trairia Adolf Hitler. Esse senso de fidelidade e sua brilhante atuação como estrategista levaram o seu nome a ser cotado para comandante supremo das forças armadas pelo grupo que conspirava a morte do Fuhrer num complô sem sucesso batizado de Operação Valkiria. Os conjurados chegaram a sondá-lo algumas vezes mas perceberam que a Raposa do Deserto não trairia seu mentor, Hitler. Mesmo assim o nome de Rommel foi envolvido no atentado fracassado e ele não pôde escapar da "caça às bruxas", controlada por seu  velho inimigo declarado, o secretário de Hitler, Martin Bormann. Em 14 de outubro de 1944, o Führer mandou dois generais à casa de Rommel que o colocaram diante de duas escolhas difíceis: suicídio por veneno e funeral com honras de chefe de Estado, além da segurança e proteção à sua família ou o tribunal do povo, exposição e represálias à sua família. A Raposa do Deserto optou pelo suicídio, encerrando de forma brusca a trajetória de um grande estrategista militar comparável, segundo alguns historiadores, a Napoleão ou Aníbal.



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CRONOLOGIA DO MARECHAL DE CAMPO ERWIN JOHANNES EUGEN ROMMEL

1891. Data de seu nascimento na cidade alemã de Heidenheim;
1910. Aos dezoito anos ingressa no exército alemão como cadete;
1914. Primeira Guerra Mundial. Ferido e sem munição, Rommel entra em combate corpo a corpo com soldados franceses. O Ato de bravura lhe rendeu a primeira condecoração, a Cruz de Ferro de 2a Classe, em setembro;
1934. Encontra-se com Hitler pela primeira vez em 30 de setembro;
1935. É nomeado tenente-coronel;
1937. Publica seu único livro A infantaria ataca, considerado por muito tempo o manual das academias militares de todo o mundo; 
1939. Rommel é elevado à patente de general;
1940. Recebe o comando da 7a Divisão Panzer, que será batizada posteriormente de Divisão Fantasma, devido aos ataques rápidos e movimentação silenciosa contra a França e os Países Baixos;
1941. Como comandante da 5a Divisão Ligeira e da 15a Divisão Panzer parte para a Líbia para apoiar as desmoralizadas tropas italianas, formando o Deutsche Afrika Korps;
1942. Conquista da fortaleza de Tobruk, na Líbia. Em 21 de junho recebe o  título de Marechal de Campo;
1942. É derrotado na Batalha de El-Alamein tendo que se retirar para Túnis;
1944. Nomeado para comandar a defesa na Normandia, não conseguiu evitar o dia D;
1944. Acusado de traição, suicida-se com veneno em 14 de outubro e, quatro dias depois é sepultado como herói nacional.

Chanté!!!
 




 

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